A Indonésia aprovou a habilitação de 17 novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação de carne bovina, elevando para 38 o total de unidades autorizadas a embarcar para o país. A informação foi comemorada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), entidade que representa 47 grupos empresariais responsáveis por 98% da carne bovina exportada pelo Brasil.

As novas habilitações contemplam unidades em Mato Grosso (6), Rio Grande do Sul (2), Minas Gerais (2), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (2), Rondônia (2) e São Paulo (1).

Neste mês, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) também confirmou a abertura do mercado indonésio para carne bovina com osso, miúdos, produtos cárneos e preparados de carne, ampliando o portfólio de produtos habilitados.

Com cerca de 283 milhões de habitantes, a Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e representa um destino estratégico para a proteína animal. O consumo de carne bovina vem crescendo de forma consistente, impulsionado pelo aumento da renda e pela expansão da classe média urbana.

Entre janeiro e agosto de 2025, o Brasil exportou para a Indonésia 15,4 mil toneladas, gerando US$ 71,6 milhões em receita — alta de 258,9% em valor e 253% em volume em relação ao mesmo período de 2024. Em todo o ano passado, o Brasil havia embarcado apenas 2,6 mil toneladas, no valor de US$ 11,5 milhões.

A ABIEC destaca que o avanço das habilitações reflete o trabalho conjunto entre o setor privado e o setor público, em especial o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a ApexBrasil, parceiros fundamentais no processo de abertura e ampliação de mercados.

“O que vemos na Indonésia é um exemplo claro de como a união entre o setor privado e o setor público traz resultados concretos. Os nossos associados têm investido em qualidade, tecnologia e sustentabilidade, enquanto o governo brasileiro tem atuado com firmeza na negociação internacional. Essa combinação é decisiva para que o Brasil conquiste mais espaço em mercados estratégicos e consolide sua posição como fornecedor confiável mundial de carne bovina”, afirmou Roberto Perosa, presidente da ABIEC.