NOTA TÉCNICA – Em 2020 a oferta de carnes por habitante será mantida no Brasil

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O Brasil deve manter a mesma oferta de carnes para os consumidores brasileiros em relação ao ano anterior. Um estudo encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias de Carnes (Abiec), aponta que a expectativa é que o consumo global de proteínas animais (bovinas, suína e de frango) recue 2,7% em 2020. A disponibilidade per capita para o consumidor mundial recuará 3,8%. Já no Brasil, o setor será capaz de aumentar a produção para exportar e manter o consumo per capita do brasileiro.

A projeção é de que a população mundial terá à sua disposição 38,1 kg de carnes por pessoa, enquanto, no Brasil, que possui consumo per capita proporciona a países ricos, essa quantidade será de 99,5 kg por habitante. Isso graças ao aumento do pacote tecnológico, que tem contribuído para um sistema cada vez mais eficiente, capaz de produzir mais com a mesma base de rebanho.

Cenário no mundo

Antes do Covid-19, a produção mundial de proteínas já estava comprometida. As perdas na produção vêm sendo registradas desde 2019, consequência da redução do rebanho de suínos para prevenir a peste suína africana, que atingiu a Ásia e parte do leste europeu.

Além dos suínos, a produção de carne bovina em importantes players passa pelo período de recomposição do rebanho, como é o caso do Brasil e da Austrália. Essa recomposição é cíclica e sua frequência depende de clima e dos resultados econômicos na produção. Na Austrália, a produção deve recuar quase 10% em 2020, quando comparada à 2019.

Brasil

No Brasil, a produção de carne bovina já voltará a responder. A expectativa é de que cresça 2,5% em 2020, mesmo com a recomposição do rebanho. Na avaliação do presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, os dados corroboram a posição de que não há risco de desabastecimento para o mercado brasileiro. “Em 2020 a produção está garantida para o consumidor brasileiro”.

 

A análise, encomendada pela Abiec, foi feita pela Athenagro Consultoria.

 

SOBRE A ABIEC

Criada em 1979, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) reúne 32 empresas do setor no país, responsáveis por 92% da carne negociada para mercados internacionais. Sua criação foi uma resposta à necessidade de uma atuação mais ativa no segmento de exportação de carne bovina no Brasil, por meio da defesa dos interesses do setor, ampliação dos esforços para redução de barreiras comerciais e promoção dos produtos nacionais. Atualmente, o Brasil produz em torno de 10 milhões de toneladas de carne bovina, aproximadamente 20,8% são negociados para dezenas de países em todo o mundo, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade. Na última década, o País registrou crescimento de 135% no valor de suas exportações.